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Aposentados do INSS podem sofrer novo desconto de 30% em julho: entenda o motivo

Os aposentados do INSS devem lidar com outro tipo de desconto, mas somente aqueles que receberam depósitos incorretos.

Os aposentados do INSS representam um grupo significativo da população brasileira, cuja renda provém exclusivamente dos benefícios pagos mensalmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social. Ao longo dos anos, esse público tem enfrentado diversos obstáculos.

Dentre as dificuldades, encontra-se desde a burocracia nos processos até os constantes descontos indevidos promovidos por entidades de classe. Por essa razão, qualquer modificação nas regras que envolvem os pagamentos ou os descontos nos benefícios acaba gerando enorme repercussão social.

Além disso, a crescente preocupação com a integridade financeira desse grupo exige medidas claras, objetivas e transparentes. Diante disso, novas diretrizes sobre devoluções duplicadas de valores ganham destaque nas discussões jurídicas e administrativas, exigindo atenção especial dos beneficiários do INSS.

Se você faz parte do grupo de aposentados do INSS, cuidado com a nova medida.
Se você faz parte do grupo de aposentados do INSS, cuidado com a nova medida. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

INSS vai descontar 30% destes aposentados

O Supremo Tribunal Federal autorizou que o INSS desconte até 30% dos benefícios mensais de aposentados e pensionistas que não devolverem voluntariamente valores recebidos em duplicidade. Essa duplicidade ocorre quando o beneficiário recebe a devolução de mensalidades associativas indevidas tanto por via administrativa quanto judicial. Ou seja, o mesmo valor é ressarcido duas vezes, criando uma obrigação de devolução para evitar o enriquecimento sem causa. Para garantir a regularização dessa situação, o Instituto adotou medidas rígidas e prazos definidos para recuperação dos recursos pagos indevidamente.

A nova regra determina que o INSS envie uma notificação oficial ao beneficiário que recebeu valores duplicados, concedendo um prazo de 30 dias para a devolução espontânea. Caso o aposentado não devolva os valores dentro do período estabelecido, o Instituto poderá aplicar o desconto.

Vale destacar que ele ocorrerá direto no benefício mensal, limitado a até 30% do valor total. A medida busca resolver de forma prática e gradual uma situação recorrente nos últimos anos, causada por falhas de comunicação entre esferas administrativas e judiciais.

Vale destacar que a cobrança não se aplica a todos os aposentados, mas apenas àqueles que receberam indevidamente valores em duplicidade e ignoraram o chamado para devolução espontânea. Portanto, a medida não atinge a maioria dos segurados, mas sim uma parcela específica.

A ação foi homologada pelo ministro Dias Toffoli e integra um acordo mais amplo que trata do ressarcimento de descontos indevidos realizados por associações e sindicatos entre março de 2020 e março de 2025.

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Como evitar o desconto do INSS?

A melhor forma de evitar o desconto de 30% no benefício é agir dentro do prazo estabelecido pelo INSS, devolvendo os valores recebidos em duplicidade assim que o órgão notificar o segurado. Ao atender à notificação, o aposentado demonstra boa-fé e evita prejuízos maiores em seus rendimentos mensais.

É importante manter os dados atualizados junto ao INSS para garantir que todas as comunicações cheguem corretamente, facilitando a resposta dentro dos prazos exigidos. Essa atitude preventiva assegura tranquilidade ao aposentado e evita a necessidade de descontos automáticos em seu benefício.

O acordo firmado entre o governo e as entidades representativas prevê a devolução dos valores indevidos de forma administrativa, com vantagens para quem adere voluntariamente. Os beneficiários que aceitarem os termos do acordo terão suas ações judiciais extintas e não poderão pedir indenização.

No entanto, continuam com o direito de processar diretamente as associações envolvidas nos descontos irregulares. Essa separação garante que os aposentados possam buscar reparação, sem travar a restituição dos recursos que o INSS precisa recuperar para manter o equilíbrio financeiro do sistema.

Como devolver o dinheiro voluntariamente?

A devolução voluntária dos valores recebidos em duplicidade deve ser feita em até 30 dias após o recebimento da notificação oficial do INSS. O órgão fornecerá orientações específicas, incluindo os dados bancários e os procedimentos necessários para a devolução correta dos recursos.

O aposentado deverá seguir essas instruções com atenção, evitando erros que possam prolongar o processo. Em caso de dúvidas, o ideal é procurar os canais oficiais do Meu INSS ou agências físicas para esclarecimentos.

A devolução pode ocorrer por meio de depósito identificado ou boleto gerado pelo próprio sistema do INSS, conforme informado na comunicação enviada ao segurado. Esse procedimento garante que o valor devolvido seja identificado corretamente e que o sistema registre a quitação da obrigação.

Após a devolução, o aposentado deve guardar os comprovantes e, se possível, solicitar a confirmação do recebimento por parte do Instituto. Isso garante a segurança jurídica do processo e evita cobranças indevidas no futuro.

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Para onde vai o dinheiro descontado dos aposentados?

Os valores devolvidos, seja de forma espontânea ou por meio de desconto automático, retornam diretamente aos cofres públicos sob gestão do INSS. Esse processo de recuperação visa corrigir falhas na comunicação entre diferentes instâncias que geraram pagamentos duplos.

O retorno dos recursos fortalece o orçamento da Previdência Social e permite o pagamento adequado dos benefícios aos segurados que realmente necessitam. Com isso, o INSS reforça sua função de garantir justiça na distribuição dos recursos previdenciários.

Além disso, a medida tem impacto direto na sustentabilidade do sistema previdenciário, uma vez que evita prejuízos maiores causados por perdas financeiras acumuladas. Ao controlar rigorosamente os ressarcimentos, o governo assegura o uso responsável dos recursos públicos.

O acordo também permite que os pagamentos dos valores devidos a outros beneficiários, cujos descontos foram indevidos, ocorram sem comprometer o teto de gastos públicos. Isso representa uma vantagem fiscal importante para a União e beneficia a coletividade.

O dinheiro recuperado também representa uma vitória institucional, já que demonstra a eficácia das medidas de controle e o comprometimento do Estado em corrigir falhas sem recorrer a longos processos judiciais.

Ao evitar disputas judiciais desnecessárias e oferecer alternativas administrativas, o governo garante agilidade, economia e transparência. Assim, o sistema previdenciário caminha para maior estabilidade, protegendo os direitos dos aposentados e promovendo responsabilidade fiscal.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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